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Por Luis Nassif - em seu blog
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Boa entrevista na Folha, de Gina de Azevedo Marques com o teólogo italiano Marco Politti, sobre os sucessivos desastres políticos de Bento 16.
Boa entrevista na Folha, de Gina de Azevedo Marques com o teólogo italiano Marco Politti, sobre os sucessivos desastres políticos de Bento 16.
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Para o vaticanista Marco Politi, papa governa a Igreja Católica de forma “solitária” e inábil; estilo contrasta com sua atuação intelectual
Para o vaticanista Marco Politi, papa governa a Igreja Católica de forma “solitária” e inábil; estilo contrasta com sua atuação intelectual
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MARCO POLITI, vaticanista do jornal italiano “La Repubblica” e um dos maiores conhecedores da política interna da Igreja Católica, diz que o pontificado de Bento 16 é errático, e que o ex-prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé se comporta de modo “paradoxal” em relação à sua conhecida clareza intelectual. Para o jornalista, tal estilo tem gestado uma “crise subterrânea” entre os católicos desde que Joseph Ratzinger, que completou ontem quatro anos à frente da instituição, foi eleito papa.
MARCO POLITI, vaticanista do jornal italiano “La Repubblica” e um dos maiores conhecedores da política interna da Igreja Católica, diz que o pontificado de Bento 16 é errático, e que o ex-prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé se comporta de modo “paradoxal” em relação à sua conhecida clareza intelectual. Para o jornalista, tal estilo tem gestado uma “crise subterrânea” entre os católicos desde que Joseph Ratzinger, que completou ontem quatro anos à frente da instituição, foi eleito papa.
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GINA DE AZEVEDO MARQUES
GINA DE AZEVEDO MARQUES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM ROMA
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“O paradoxo deste pontificado é que Ratzinger, como teólogo e pensador, é muito claro. Mas, como governante, dá passos falsos e depois é sempre obrigado a pedir desculpas, a se justificar e se explicar”, afirma o vaticanista.Para Politi, o padrão existe em parte por causa do estilo de “governo solitário” próprio a Bento 16. O papa, ele diz, “não considera as consultas e não presta atenção aos sinais que vêm do exterior”. “Ele, na realidade, tende a decidir tudo sozinho.” Autor de diversos livros sobre a igreja -o mais recente, publicado na Itália, é “A Igreja do Não” (La Chiesa del No)-, Politi recebeu a Folha em Roma para esta entrevista.
“O paradoxo deste pontificado é que Ratzinger, como teólogo e pensador, é muito claro. Mas, como governante, dá passos falsos e depois é sempre obrigado a pedir desculpas, a se justificar e se explicar”, afirma o vaticanista.Para Politi, o padrão existe em parte por causa do estilo de “governo solitário” próprio a Bento 16. O papa, ele diz, “não considera as consultas e não presta atenção aos sinais que vêm do exterior”. “Ele, na realidade, tende a decidir tudo sozinho.” Autor de diversos livros sobre a igreja -o mais recente, publicado na Itália, é “A Igreja do Não” (La Chiesa del No)-, Politi recebeu a Folha em Roma para esta entrevista.
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